sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

07/Janeiro - DIA DO LEITOR

Lembro-me de 2009, ano que descobri a paixão literária. Trabalhava numa lanchonete, certa vez passou uma moça vendendo livros, não recordo muito bem pra qual finalidade, creio que fosse pra ajudar numa instituição de caridade. Comprei um de seus exemplares. Sem dar a mínima ao livrolevei-o pra casa, e guardei numa velha prateleira, de fato, comprei só para beneficiar a instituição. Na época, ainda não havia despertado em mim a ''loucura'' de Quixote, que tolo fui.

Meses após, retornando a prateleira, peguei-o e disse: ''já paguei, vou ler''. Confesso, foram torturantes trinta dias pra terminar o mero livro de poucas cento e treze páginas. Após o término, descobri que o porteiro da empresa ao lado, partilhava do mesmo gosto - que até então estava se formando - pelas páginas e letras. Emprestei-lhe o que acabara de ler, ele me passou ''O Ditador'' de Sidney Sheldon. Não digo detalhes sobre este agora, senão teria que fazer com todos que citarei aqui... Depois, vieram mais dois títulos do mesmo autor: ''Um Capricho dos Deuses'' e ''O Plano Perfeito''. Em verdade, Sidney Sheldon foi o autor que me introduziu no mundo mágico da leitura.

Como uma criança que ganha um brinquedo novo, assim era eu. Era só ter um tempinho de folga no trabalho que já estava lá, de cara nos livros.

Se não me falha a memória, encerrei 2009 com 13 títulos lidos. Com uma certa ''experiência no ramo'', queria ter os meus, encher a prateleira que antes fora cemitério para os livros. O primeiro que comprei foi ''O Senhor da Chuva'' de André Vianco. No início anotava-os numa lista de livros lidos, com o tempo, isso já não era possível.

Clássicos, contemporâneos, romances, contos... Leio pelo prazer em saber que grandes sábios se dispuseram a passar sua sabedoria através de seus escritos.

Como diria Julian Caráx, mais uma vez citado no blog, personagem de A Sombra do Vento (Carlos Ruiz Zafón) - um dos melhores que já li - ''um livro é como um espelho, só enxergamos nele aquilo que há dentro de nós''. Ler é reconhecer-se no personagem. Curiosamente criando certa afetividade com o autor.

Aos amigos leitores, vamos comemorar fazendo aquilo que mais gostamos, lendo.

Porém, cuidado pra não sofrerem do ''mal'' do Cavaleiro da Triste Figura; que do muito ler e do pouco dormir, acabou perdendo o juízo. 

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